quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CANADIAN POUTINE


A receita básica é batata, queijo e molho. Mas esta iguaria da culinária franco-canadense tornou-se tão popular, que ganhou diferentes versões e hoje é servida até com ingredientes da alta gastronomia, como o fois-gras (fígado de pato).
O dicionário da História do Francês de Quebec traz mais de 15 significados para a palavra “poutine”. Para os acadians (filhos dos colonizadores franceses no século XVII), poutine é a gíria que descreve “uma bagunça”. Há ainda quem diga que a palavra vem do inglês “pudding,” e que na tradução para o francês ficou “a mess”.
Mas na gastronomia a palavra poutine (pronuncia-se poo-teen ou pu-tine) refere-se a um prato tradicional canadense feito com batatas fritas, queijo e um molho. Há controvérsias sobre a origem deste prato, pois a invenção é disputada por duas cidades rivais e bem próximas de Quebec City: Victoriaville e Drummondville. O que não se discute é que sua invenção foi em 1957 por Fernand LaChance, quando um de seus clientes pediu para que ele lhe servisse batatas fritas com queijo e LaChance, contrariado, mandou o cozinheiro do restaurante misturar os dois juntos, alegando que iria fazer uma sujeira, bagunça.
A ideia logo ficou popular entre os moradores da área rural de Quebec e atualmente a poutine ganhou adoradores em todo território canadense. Mas nem sempre foi assim, pois para a população franco-canadense, que é conhecida pela sua alta gastronomia no país inteiro, ter um prato da zona rural fazendo sucesso país afora era vergonhoso. Mas isso não impediu que que a poutine ganhasse fama e virasse febre. A “receita” ganhou até destaque internacional. Chegou a Nova York nos anos 1970 conhecida como “disco fries” entre o pessoal da balada da época.
Com valor calórico médio de 700 calorias, esta iguaria ganhou tamanha popularidade que hoje é servida como entrada em diners, restaurantes, lojas de fast-food e até misturada com ingredientes da alta gastronomia em restaurantes tradicionais canadenses como au Pied de Cochon, em Montreal, por exemplo.